Abr 2008 - Melhor tinto do mundo produzido no concelho de Palmela
Um dos diversos pontos fortes de Portugal é o vinho e desta vez foi na Casa Ermelinda Freitas, sediada em Águas de Moura, concelho de Palmela, que se produziu o melhor vinho tinto do mundo. Trata-se de um vinho da casta Syrah, este produzido no ano de 2005.
Segundo a reportagem da SIC (que poderemos ver mais abaixo), estiveram em concurso 3000 mil vinhos no Vinalies Internationales 2008, dos três mil só um saiu vencedor e o vencedor foi português. Jaime Quendera, enólogo da Casa Ermelinda Freitas, descreve o produto como um vinho "muito maduro, muito muito complexo, muito elegante, muito encorpado; é um vinho que só se produz em anos excepcionais e neste caso (2005) é mesmo um ano excepcional".Expandir ▼
Quendera saluda-se com o facto de terem sido os vencedores num certame desta abrangência, uma prova cega de entre mais de 3000 vinhos, oriundos de 36 países. Explica ainda que, para se conseguir este nivel de qualidade é necessário que não chova em setembro para que as maturações sejam homogéneas, sem água, e é necessário que corra tudo bem desde o processo de colheita da uva até ao engarrafamento, um trabalho árduo que demora cerca de dois anos.
Quanto ao procedimento do concurso em si, Jaime Quentera explica que se trata de uma prova cega, isto é, quando a prova é feita os jurados não sabem nenhum pormenor acerca do vinho, apenas sabem que é tinto, mas não lhes é facultada a informação relativa à casta, ao ano ou ao país de origem. É feita uma primeira seleção de onde saem os melhores, e depois será feita uma segunda prova para seleccionar o melhor de entre os melhores.
Syrah 2005 - O Melhor Vinho do Mundo (reportagem SIC)
Um negócio de família com uma história de sucesso
A empresa, iniciada em 1920 por Deonilde Freitas, continuada por Germana Freitas e mais tarde por Ermelinda Freitas, sempre dedicou especial atenção ao vinho. Pelo desaparecimento precoce do seu marido, Manuel João de Freitas, Ermelinda deu continuidade à empresa com colaboração da sua filha única, Leonor, que embora com formação fora da área vitivinícola, tomou a liderança da empresa reforçando assim a presença feminina na sua gestão.
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Leonor Freitas, proprietária da casa Ermelinda Freitas, explica que este vinho começa com uma vinha nova com a casta Syrah, uma vinha com sete anos, e que só no fim dos seus cinco anos de idade é que produz esta uvas que vão dar origem a este vinho. Estagiou em muito boa barrica e o resultado final está aqui.
Herdando 60 ha de vinhas de apenas duas castas: Castelão e Fernão Pires, situadas em Fernando Pó na região de Palmela, Leonor Freitas com o seu espírito inovador e diferenciador introduziu uma diversidade de castas como a Trincadeira, Touriga Nacional, Aragonês, Syrah, Alicante Bouschet, entre outras.
Sendo a Casa Ermelinda Freitas proprietária neste momento de 440 hectares de vinha, onde 60% são de Castelão, 30% de variedades tintas como Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah, Aragonês, Alicante Bouschet, Touriga Franca, Merlot and Petit Verdot, e 10% de uvas brancas como Fernão Pires, Chardonnay, Arinto, Verdelho, Sauvignon Blanc e Moscatel de Setúbal.
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