1949 - Egas Moniz é galardoado com o primeiro Prémio Nobel Português
António Egas Moniz, um médico neurologista de renome contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da medicina ao conseguir pela primeira vez dar visibilidade às artérias do cérebro.
Como investigador, Egas Moniz, contando com a preciosa colaboração de Pedro Almeida Lima, gizou duas técnicas: a leucotomia pré-frontal e a angiografia cerebral. Deve-se ainda a este autor a descrição do trajeto da artéria carótida interna no interior do osso temporal, tomando o mesmo a designação de Sifão carotídeo ou Sifão de Egas Moniz.
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A Angiografia Cerebral, uma técnica utilizada para a detecção de anomalias dos vasos sanguíneos cerebrais que descobriu após longas experiências com raios X, tornou possível localizar neoplasias, aneurismas, hemorragias e outras mal-formações no cérebro humano e abriu novos caminhos para a cirurgia cerebral. As suas descobertas clínicas foram reconhecidas pelos grandes neurologistas da época, que admiravam a acuidade das suas análises e observações.
Programa "A Alma e a Gente: Na Casa de Egas Moniz" (2003)
Egas Moniz foi proposto cinco vezes (1928, 1933, 1937, 1944 e 1949) ao Nobel de Fisiologia ou Medicina, sendo finalmente galardoado em 1949. A primeira destas nomeações acontece alguns meses depois de ter publicado o primeiro artigo sobre a encefalografia arterial e, subsequentemente, ter feito, no Hospital de Necker, em Paris, uma demonstração da técnica encefalográfica. Este imediatismo não era uma coisa absolutamente ridícula pois, na verdade, «a vontade de Alfred Nobel era precisamente a de galardoar trabalhos desenvolvidos no ano anterior ao da atribuição do Prémio».
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