Jun 2012 - Fortificações de Elvas são Património Mundial
A maior fortificação abaluartada do mundo, em Elvas, foi classificada como Património Mundial, pela UNESCO a 30 de Junho de 2012.
As fortificações de Elvas foram classificadas, na categoria de bens culturais na 36.ª sessão do Comité do Património Mundial, que esteve reunido em São Petersburgo, na Rússia. Constituíam o único monumento português entre os 33 candidatos que fazem parte da lista de Património Mundial, elaborada pela UNESCO.
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Um dos pontos de destaque deste conjunto de fortificações é o Aqueduto da Amoreira, que liga o local da Amoreira à cidade de Elvas. Com 8,5 quilómetros de extensão, 843 arcos com mais de cinco arcadas e torres que se elevam a 31 metros de altura, é considerado o maior aqueduto da península Ibérica.
O aqueduto comporta um conjunto de diversas galerias, que numa primeira zona são subterrâneas, e ao nível do terreno são formadas por quatro arcadas sobrepostas, apoiadas em pilares quadrangulares e fortalecidas por contrafortes semi-circulares.
Erguido na zona lindeira, no alto de um monte em posição dominante sobre a povoação e o rio Guadiana, o Castelo de Elvas integra um impressionante conjunto defensivo erguido ao longo dos séculos. Na Idade Média, o papel do castelo era complementar à invocação expressa no brasão de armas da cidade: Custodi nos domine, ut pupilam oculi (Guardai-nos, Senhor, como à pupila do olho). Atualmente é considerado como um dos melhores exemplos da evolução histórica da arquitectura militar no país.
O Forte de Nossa Senhora da Graça, oficialmente denominado como Forte Conde de Lippe localizado em posição dominante sobre o chamado Monte da Graça, integrava a defesa da Praça-forte de Elvas e Cidade – Quartel Fronteiriça de Elvas e as suas Fortificações. A boa posição estratégica do local evidenciou-se durante a Guerra da Restauração, quando as tropas espanholas ocuparam o local durante o cerco à cidade de Elvas no ano de 1658 que precedeu a Batalha das Linhas de Elvas a 14 de Janeiro de 1659. Utilizado no passado como prisão militar, o conjunto encontrava-se até 2014 em condições próximas da ruína, aguardando a sua cedência à Câmara Municipal de Elvas para consolidação e restauro. Em Setembro de 2015 foram concluídas as obras de restauro nas infrastruturas, com o objectivo de transformar o forte num museu miltiar funcional.
O Forte de Santa Luzia remonta ao contexto da Guerra da Restauração da independência portuguesa, quando foi primitivamente riscado por Matias de Albuquerque (1641). No mesmo ano, seria redesenhado na traça de Sebastião Frias, quando recebeu o formato de um polígono estrelado. O genovês Hieronimo Rozzeti traçou-lhe novo projeto (1642), o que causou atritos que culminaram com a discórdia do engenheiro militar francês Charles Lassart. Finalmente foi concluído e inaugurado em 1648.
O conjunto de fortificações de Elvas, cuja fundação remonta ao reinado de D. Sancho II, possui um perímetro de oito a dez quilómetros e uma área de 300 hectares. É o maior conjunto de fortificações abaluartadas terrestres em todo o mundo.
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